Diabetes, doces e diversão

Coluna Semanal – Jornal O Expresso – Capão Bonito
 DIABETES, DOCES E DIVERSÃO
O diabetes melllitus pode ser descrito como a doença símbolo da era industrial. Todas suas manifestações, sejam elas primárias -pelo aumento da glicose sanguínea, colesterol e obesidade-, sejam as secundárias – pé diabético, hipertensão, doença renal e cegueira-, são diretamente determinadas pelo padrão alimentar onde predominam açúcar, amido (pães e massas) e gorduras animais em alta temperatura (salsichas e hamburgueres).
Não resta dúvidas que o diabetes é transmitido pela genética, de pai para filho. Mas a ciência mais recente traz revelações contundentes. Nosso material genético, o DNA, não é uma cadeia de moléculas estáticas e determinadas para todo e sempre. O DNA pode ser alterado por padrões ambientais. Já dizia Darwin, o maior biólogo de todos os tempos. Mas, na época dele, meados do século dezenove, teve que enfrentar uma academia furiosa e crítica, já que a ciência do genoma sequer se esboçava existir. Mas é exatamente isso que os cientistas revelam em primeira mão, no alvorecer do século vinte e um.
A nova ciência da epigenética explica, por A mais B, que nosso padrão alimentar pode desligar os genes que controlam os tecidos e órgãos chave do controle da glicose. Isto significa que o que comemos pode determinar o diabetes. Isto é muito sério, pois muito mais que a predisposição genética, são os hábitos culinários e culturais da família brasileira contemporânea que determinam o surgimento do diabetes. No Brasil estão previstos gastos de 50 milhões de dólares com o diabetes até o ano de 2020, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A medicina/cultura dos alimentos orgânicos e vivos pode representar papel chave na “reativação” dos “genes desligados” pelo padrão amido-açúcar-sedentarismo. Com bases nestes estudos de vanguarda na medicina e na ciência mais moderna da genética é que iniciamos em Capão Bonito uma atividade cultural, científica e principalmente, divertida, do aprendizado de novas técnicas culinárias, como o chocolate de abacate, o pudim de banana, as mousses e pavês de frutas frescas, as balas, pirulitos, geléias de frutas e pães desidratados.
Estes “novos-velhos” alimentos são capazes de frear e conter o avanço epidêmico da obesidade, hipertensão e diabetes, cada vez mais frequentes em todas as camadas da população e entre nossos jovens.
Estaremos preparando e ensinando o pão sem amido, o pudim de banana e o leite de verdes orgânicos. Todos estão convidados, principalmente os pais com suas crianças!
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Inscrições para curso e oficinas com Maya e Célia pelo tel.: 9639 3071
Capão Bonito é mais saúde!
Alberto P. Gonzalez
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